Com baixa cobertura vacinal, casos de coqueluche aumentam no Estado de São Paulo

O estado de São Paulo registrou um aumento nos casos de coqueluche, com 139 casos notificados entre janeiro e junho deste ano, enquanto no mesmo período do ano anterior foram registrados apenas 16 casos.
A baixa cobertura vacinal é apontada como um dos motivos para esse aumento. Em nota técnica, o Ministério da Saúde recomendou intensificar a campanha de vacinação contra a coqueluche no país e solicitou que estados e municípios fortaleçam as ações de vigilância epidemiológica para os casos da doença.
“A vacina é o principal meio de prevenção contra a coqueluche. A primeira dose da vacina pentavalente, que é indicada para prevenir doenças como difteria, tétano, coqueluche, influenza tipo B e hepatite B, deve ser aplicada em bebês a partir dos 2 meses. A segunda dose deve ser aplicada aos 4 meses e a terceira aos 6 meses, seguidas das doses de reforço DTPa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, aos 15 meses e aos 4 anos, além de reforços em idosos e adultos a cada 10 anos”, explica o infectologista Fellipe Godoy.
Conhecida como doença da tosse comprida, a coqueluche é uma infecção respiratória causada por uma bactéria, podendo atingir a traqueia e os brônquios. Os primeiros sintomas se apresentam de 5 a 10 dias após a infecção, semelhantes a um resfriado comum, com mal-estar, tosse seca, corrimento nasal e febre baixa, podendo evoluir com uma piora desses sintomas, principalmente na tosse seca. No estágio mais severo, a tosse tende a piorar ainda mais, podendo comprometer a respiração, provocar vômitos e causar cansaço extremo.
O tratamento é feito por meio de antibióticos conforme prescrição médica. É muito importante que, com o aparecimento dos primeiros sintomas, se busque uma unidade de pronto atendimento, além de sempre manter o calendário vacinal em dia”, declara Godoy.

FONTE: revide.com.br